Em virtude do terramoto de 1755, apenas restam panos de muralha que assentam em muros de épocas anteriores à Idade Média.
O castelo apresenta os estilos, gótico e manuelino, constituído pelas seguintes estruturas:
1. Cerca de muralha apresentando planta ovalada, reforçada por cubelos de planta semicilíndrica e pela torre do portão, de planta quadrada, saliente da muralha.
2. Igreja de Santa Maria do Castelo, é considerado monumento nacional, a sua fundação é muito antiga, na sua fachada são visíveis restos do portal românico e capitéis decorados com pombas, assim como a porta lateral decorada com motivos românicos. Os altares apresentam talha dos finais do século XVIII.
Em 1288, D.Dinis mandou ampliar o castelo, onde deveria situar-se o Paço Real, pois só no final do século XIII se construiu o novo Paço, já fora das muralhas. Também D. Fernando procedeu à reconstrução do Castelo, entre 1373 e 1382.
O castelo é constituído por:
- Muralhas
- Barbacã (ou barreira) que é uma muralha mais baixa
- Barbacã da Porta
- Porta da Barbacã da porta
- Porta do Castelo
- Troneira cruzetada- buraco redondo aberto na muralha para adaptação de pequenas armas de fogo
- Cubelo- escada de acesso
- Bateria- zona da muralha derrubada, no âmbito das Linhas de Torres, para proporcionar a instalação de peças artilharia e o fogo cruzado sob a estrada que segue ao longo do vale do sizandro.
- Igreja de Santa Maria do Castelo
- Cisterna
- Cemitério medieval
- Palácio de Alcaides
- Torre de Menagem
- Barbacã da porta do palácio
- Cisternas romanas
O castelo voltaria a ter um importante papel em 1809, ao ser integrado nas linhas de Torres Vedras, nessa ocasião foi novamente reparado e guarnecido de peças e artilharia. Nos anos que se seguiram á Guerra Penínsular, a área sepulcral em redor da igreja de Santa Maria viria a aumentar, com enterramentos em valas, na sequência de vários surtos de pestes que se propagaram entre a população, em virtude do êxodo forçado de 600.000 pessoas para o interior das linhas de torres, decretado pelo general wellington.
Em Outubro de 1846, deu-se o último cerco deste castelo, com a batalha de Torres Vedras, entre o conde do Bonfim, que se instalou na fortaleza, e o Duque de Saldanha, que a bombardeou, a que se seguiu a explosão do paiol.
Apesar do seu estado de ruína, o castelo continuou a funcionar aquartelamento de tropas regulares, até finas do século XIX, tendo-lhe sido realizadas inúmeras reparações desde 1886.
O castelo está classificado como imóvel de interesse público.
Sem comentários:
Enviar um comentário